Como se planejar financeiramente para comprar um imóvel?

Primeiro passo é saber qual a finalidade do imóvel e quanto sua renda pode ser comprometida

09/06/2020min de leitura

Para alguns, quando se fala em planejamento financeiro, o primeiro pensamento que se tem é: organizar dívidas. Mas, ser planejado financeiramente é além disso. “Planejamento financeiro é você ter a autonomia financeira das suas receitas, das suas dívidas, dos seus investimentos, e tudo no seu tempo”, explica o professor Moisés Cunha, doutor na área de Contabilidade e Finanças pela Universidade de São Paulo (USP) e professor e pesquisador da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Para se planejar, é preciso estabelecer metas, ter opções, analisá-las e executá-las. Existem regras que ajudam as pessoas a se planejarem, mas não há uma receita geral. “Uma análise recorrente é a regra 60-30-10, onde se gasta 60% do que se ganha com as despesas fixas, 30% com despesas de maior prazer, como passeios, viagens, e os outros 10% vão para investimento”, orienta o especialista. Para ele, o primordial é estabelecer uma meta financeira (divisão do que se ganha, do que se paga e do que se investe) que você tenha certeza que vai atingí-la e, depois, gradualmente, ir aumentando. “Todo início de um hábito novo requer uma reprogramação do nosso cérebro. E, pra fazer isso, é preciso um ritmo, até que esse ritmo se torne normal para você”, comenta.

Para adquirir imóveis
Para adquirir imóveis, antes de tudo é necessário definir qual será a finalidade deste bem: se será para moradia ou investimento. “Se é para moradia, o financiamento é uma boa escolha, já que o financiamento de imóveis está bem atrativo atualmente, principalmente com as taxas de juros em baixa. Agora, se for para investir, é preciso analisar um outro cenário, que também é interessante, já que o proprietário pode alugar o imóvel e, assim, pagar a parcela do financiamento, tendo, na maioria das vezes, uma margem de lucro”, pontua Moisés.

Para quem vai adquirir um imóvel à vista, é preciso investir dentro das próprias metas. “O planejamento, neste caso, deve estar muito alinhado com o seu tempo para contabilizar o dinheiro suficiente. E você organiza isso dimensionando a sua carteira de investimentos. O mais importante é a pessoa estabelecer metas: primeiro tendo em mente o valor do imóvel, o tempo em que quer comprá-lo e, por fim, o tipo de investimento que trata a rentabilidade e a liquidez compatível”, diz o especialista.

Renda x tempo
Um exemplo para você entender: se você pretende comprar um imóvel de R$ 1 milhão e vai financiar 50% deste valor, resultaria em R$ 500 mil que seriam pagos de imediato e financiado o restante. Se você tem uma renda compatível para que possa investir R$ 10 mil por mês, basta você fazer a conta de quantos meses precisaria para poder obter o montante necessário.

Reserva de emergência
Quem consegue executar o planejamento financeiro sabe que a reserva de emergência é imprescindível. "Ela pode entrar na sua faixa de investimento. Para isso, precisa ser um investimento de alta liquidez e não necessariamente alta rentabilidade, mas o suficiente para pagar todas suas contas fixas no mínimo de quatro a seis meses”, alerta Moisés Cunha. 

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